As pessoas com deficiência realizaram uma grande festa de celebração no sábado, 2 de abril, dentro da Festa da Penha 2016. Mais de cinco mil pessoas, de acordo com a Arquidiocese de Vitória, estiveram na 11ª edição da Romaria das Pessoas com Deficiência. Diversas Apaes de todo o Espírito Santo participaram do ato de visibilidade que reivindica direitos e uma verdadeira inclusão.

Os romeiros saíram da praça Duque de Caxias, no Centro de Vila Velha, e seguiram para o Parque da Prainha em uma caminhada de quase uma hora. Durante o percurso locutores, entre eles o Cabo Walcher, vice-presidente da Feapaes-ES, e o ex-deputado estadual Claudio Vereza, que é cadeirante, puxavam palavras de ordem chamando a atenção para as dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam no dia-a-dia e para a necessidade de ações de inclusão e contra o preconceito.

O evento foi realizado pelo Fórum de Entidades de Pessoas com Deficiência, do qual a Feapaes-ES faz parte. Segundo o presidente da Federação, Washington Luiz Sielemann Almeida, o encontro deixou de ter cunho apenas religioso e passou a abrigar pessoas de diversas religiões e segmentos, sendo espaço de visibilidade para chamar a atenção para as demandas das pessoas com deficiência.

A romaria é uma manifestação pelos direitos das pessoas com deficiência e pela garantia de respeito e inclusão ampla. Hoje ela é um espaço em que as reivindicações são colocadas e também onde são feitos os agradecimentos pelas conquistas que temos conseguido, disse.

No Parque da Prainha foi realizada uma missa comandada pelo padre Carlos Pinto e as conquistas alcançadas pelas pessoas com deficiência foram agradecidas, assim como foi destacado o que ainda é preciso conquistar. Houve comunhão e aspersão de água benta sobre os presentes.

A banda de congo da Apae de Cariacica se apresentou com diversas músicas e a delegação da instituição do município, a maior do evento, trouxe um estandarte em homenagem ao padre Gabriel, sacerdote francês que atuou na Arquidiocese de Vitória nos anos 80 e foi assassinado no bairro Cobi de Cima, em Vila Velha, em 1989, após anos de trabalho junto aos movimentos de moradia em Cariacica, um dos municípios com maiores índices de pobreza e violência da região metropolitana à época.

A programação da Romaria foi fechada pelo Coral Legal, da Prefeitura de Vila Velha, composto por pessoas com deficiência.

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Com informações da Feapaes-ES